Nos próximos dias, boneco vai virar gente e Papai Noel vai pular de latinha de refrigerante. Os anunciantes apostam em tecnologias como a “realidade aumentada”, que cria imagens em três dimensões na tela do celular, e “live action”, que mistura animação com atores reais, para atrair a atenção do consumidor neste Natal.

É o segundo ano que a Coca-Cola contrata a RD3 Digital, empresa de Raphael Magri que trabalha com “realidade aumentada”, para entrar de forma virtual nas festas das famílias. No ano passado, a RD3 produziu um desfile virtual da caravana de Natal dos caminhões da Coca-Cola em pátios de prédios onde as pessoas se protegiam da pandemia.
“É uma tecnologia que vai estar cada vez mais presente na vida das pessoas, porque não precisa dos óculos de realidade virtual, que são caros. Para a ‘realidade aumentada’ o celular é suficiente”, observa Magri.

O Bradesco vai trazer a tecnologia “live action”, junto com recursos de computação gráfica em 3D e até 4D para levar a audiência para dentro de um mundo encantado, numa aventura virtual para revelar o segredo das janelas de um palácio.
O diretor de marketing do Bradesco, Márcio Parizotto, afirma que é um desafio a cada ano incorporar novas tecnologias na criação, sem deixar de lado o foco principal no elemento humano. “Para nós há complementariedade entre o digital e o presencial tanto no serviço que prestamos no banco, como na publicidade.”

O mestre de cerimônias da peça natalina, que terá como cenário o Palácio Avenida em Curitiba no dia 18, será o cantor Carlinhos Brown, que ao longo do filme vai se transformar em Papai Noel.
A iniciativa ainda não terá a presença de público em respeito às restrições da pandemia, mas poderá ser acompanhada on-line de qualquer lugar. “Mesmo depois da volta do público, não poderemos mais abandonar as possibilidades do digital”, afirma Parizotto.

“Vamos levar o público para o metaverso”, diz ele. Na descoberta do que há por trás das janelas, o público levado pelo ator mirim Agyei Augusto, no papel de um menino curioso, vai conhecer a vida dos cantores que compõem o coral de Natal nas janelas. Desta vez eles estarão presentes virtualmente, mas o público terá a impressão de vê-los no palácio pelos efeitos da tecnologia.
A trilha sonora, que no passado teve Michael Jackson e Mariah Carey, neste ano será de Beyoncé, com a música Halo. Será um superprodução de 30 a 40 minutos, com um elenco representativo da realidade brasileira.

Já no dia 11 estrearão na TV aberta os comerciais do banco com uma releitura da saga dos vagalumes, que protagonizaram as peças dos últimos três anos. Os vídeos da campanha tiveram mais de 240 milhões de visualizações no YouTube ano passado.
“Levamos tecnologia para emocionar”, acrescenta Márcio Santoro, copresidente da agência Africa. “O Natal deste ano está mais para o abraço e para o beijo. É o Natal da vacina.” Na definição do publicitário, estamos todos “enferrujados”, depois de quase dois anos de separação forçada, e no próximo Natal será possível promover encontros com mais segurança. Até por isso, sua agência criou para a Natura um filme onde reproduz o reencontro. Mostra as pessoas com roupas que parecem armaduras de lata, que se desfazem quando recebem os primeiros abraços.

A trilha sonora, que no passado teve Michael Jackson e Mariah Carey, neste ano será de Beyoncé, com a música Halo. Será um superprodução de 30 a 40 minutos, com um elenco representativo da realidade brasileira.

Já no dia 11 estrearão na TV aberta os comerciais do banco com uma releitura da saga dos vagalumes, que protagonizaram as peças dos últimos três anos. Os vídeos da campanha tiveram mais de 240 milhões de visualizações no YouTube ano passado.
“Levamos tecnologia para emocionar”, acrescenta Márcio Santoro, copresidente da agência Africa. “O Natal deste ano está mais para o abraço e para o beijo. É o Natal da vacina.” Na definição do publicitário, estamos todos “enferrujados”, depois de quase dois anos de separação forçada, e no próximo Natal será possível promover encontros com mais segurança. Até por isso, sua agência criou para a Natura um filme onde reproduz o reencontro. Mostra as pessoas com roupas que parecem armaduras de lata, que se desfazem quando recebem os primeiros abraços.

Para a marca Sadia, da BRF, a Africa realizou o desejo de muita criança brasileira, que passa o feriado de dezembro com calor, mas admira as imagens tradicionais do inverno gelado do Hemisfério Norte. Com a ajuda da computação gráfica, faz nevar para uma menina.
A concorrente Seara, da JBS, montou uma roda gigante temática, com seus sabores natalinos, no Parque Villa Lobos em São Paulo. Quem quiser ganhar uma volta vai ter que postar sua foto nas redes sociais com guloseimas da marca.
Os desejos das crianças para este ano não são sempre tão mágicos. Segundo pesquisa da Kidscorp, especializada em dados e marketing para crianças, no topo dos pedidos para Papai Noel estão os celulares, marcas da moda e consoles de jogos eletrônicos, ao lado dos brinquedos tradicionais.

Os pais podem estar com os orçamentos mais curtos, por causa da alta da inflação. As agências já sentiram uma maior contenção do consumidor nas compras da Black Friday, em novembro, mas as crianças estão com mais vontade de ganhar presentes neste ano.
De acordo com a pesquisa, que registrou os desejos de 2 mil crianças de 3 a 18 anos na América Latina, elas esperam receber mais presentes que no ano passado: 72% acham que este ano o Natal será melhor que em 2020. No Brasil, o percentual é 69%.
Na média, 26% delas receberam quatro presentes em 2020; neste ano, 46% querem receber pelo menos cinco. Vão receber três na realidade, segundo a pesquisa.

Enquanto os mais novos, entre 3 e 5 anos, querem brinquedos, bicicletas, skates, patins e bolas, à medida que vão crescendo, entre 6 e 12 anos, já se voltam para tecnologia. Na faixa de 13 a 18 anos, tecnologia e roupas. Desde os 9 anos, as crianças começam a pedir dinheiro e vales, para eles mesmo escolherem os presentes.
Os que vão ocupar mais espaço, na árvore do Natal deste ano, segundo a pesquisa, serão os celulares, escolha de 38% dos pesquisados, passando as roupas e sapatos, que ganham 37% das preferências.
Consoles de videogames e jogos eletrônicos, com 22% e 20% das respostas, seguem logo atrás dos equipamentos para atividades ao ar livre, como as bicicletas, skates, patins e bolas.

Não surpreende já que passam 60% do tempo livre, 42 horas semanais, conectados. Entre os pesquisados, quase 90 minutos diários são gastos na plataforma Roblox, em que as crianças criam mundos virtuais. E perto de 80 minutos ficam no YouTube.
Esse canal, continua o mais popular, com os influenciadores desempenhando papel ainda mais importante. A pesquisa identificou ainda que a jornada de compra natalina está se alongando e pode chegar até fevereiro do próximo ano, já que muitos pedem de presente os “gift cards” cartões de compra pré-pagos.
Cada vez mais conectadas, 14% das crianças da América Latina vão pedir dinheiro virtual usado em games para adquirir roupas, ferramentas e móveis para seus avatares no universo digital. Mas significado do Natal com pais e parentes está mantido, segundo as respostas das crianças: 62% desejam estar com os familiares na América Latina. No Brasil, 60%. Ainda que o objetivo seja ganhar presente.

 

Fonte: https://valor.globo.com/empresas/noticia/2021/12/10/nos-anuncios-tecnologia-para-emocionar.ghtml